Comida com toque oriental é uma das minhas grandes preferências. Sempre que vejo uma receita do género, guardo-a e não demoro muito a experimentar. Mesmo com receitas mais convencionais, muitas vezes dou-lhes um toque oriental ao acrescentar legumes próprios desta cozinha ou temperos de molho de soja, ou molho japonês... e agora que descobri molho de casca de ostra à venda no Pingo Doce a preço bem simpático (longe dos preços que via nas áreas gourmet onde encontrava este molho), estou ansiosa por o adicionar à despensa e experimentá-lo.
Numa das minhas incursões ao site da Vaqueiro deparo-me com esta receita e guardei-a logo. Cá está o resultado...
Não é preciso dizer que me inspirei na receita mas fiz a minha versão. Substitui os noodles por uma mistura de legumes chineses, aos quais juntei uma lata de rebentos de bambu e uma cebola cortada em gomos.
Mas vamos ao início...
Peguei em 5 bifanas de porco e cortei em tiras. Temperei com sal, uma malagueta picadinha, uma colher de sopa de maizena, sumo de duas laranjas e uma colher de sopa de molho teryaki (também conhecido como molho japonês). Misturei tudo muito bem e guardei no frigorífico cerca de 30 minutos. Entretanto escorri a carne, reservando o líquido da marinada. Na wok aqueci uma colher de sopa de vaqueiro com um fio de azeite e dois dentes de alho picados. Juntei a carne escorrida e deixei saltear até ficar dourada. Juntei então a lata de rebentos de bambu e uma cebola cortada em pedaços. Envolvi e deixei a cebola começar a caramelizar. Acrescentei então a mistura de legumes chineses e deixei tomar gosto. Misturei uma colher de sopa de açúcar mascavado no liquído da marinada e juntei à carne e legumes. Envolvi tudo, deixei ferver um pouco para reduzir e engrossar.
Para quem aprecia este tipo de comida, esta receita é absolutamente deliciosa. Numa próxima experimento com noodles, mas adorei o resultado com os legumes. Simplesmente fantástica.
Não sou muito fã de bacalhau. Menos ainda daqueles pratos de bacalhau à posta. Por isso, em casa, quando faço bacalhau recorro sempre a receitas com bacalhau desfiado ou lascado.
Esta receita foi inspirada no site da Vaqueiro, embora tenha feito, como sempre, algumas alterações.
Ingredientes:
1 embalagem de bacalhau lascado
1 colher de sopa de vaqueiro
azeite
1 cebola grande picada
2 dentes de alho picados
3 a 4 cenouras raladas
0,5L de leite quente
pão de forma ou outro (usei pão alentejano)
4 ovos (separar claras das gemas)
sal
pimenta
queijo ralado (ou pão ralado)
Cozer o bacalhau em água quente. Escorrer e reservar.
Numa caçarola levar a vaqueiro a derreter juntamente com azeite, o alho e a cebola picados. Quando a cebola ficar translúcida, juntar a cenoura ralada.
À parte escaldar on pão no leite quente e desfazê-lo com uma colher de pau até ficar uma papa cremosa. Envolver as gemas nesta papa e mexer muito bem.
Juntar ao refogado o bacalhau lascado, o preparado de pão e envolver muito bem. Temperar com sal (se necessário, eu não temperei) e pimenta. Deixar tomar gosto. Retirar do fogo. Envolver neste preparado as claras batidas em castelo.
Colocar tudo num tabuleiro untado com azeite, polvilhar com queijo ralado (usei mozzarella magra) e levar a gratinar ao forno até estar dourado.
Acompanhei com uma salada de alface, mas uns bróculos cozidos ou umas couves salteadas também combinam muito bem.
Lembrei-me de sugerir este prato para a Ceia de Natal porque há quem cada vez mais procure alternativas ao bacalhau cozido, ou assado à posta no forno. Esta receita é simples, económica e garanto, muito boa!!
E agora que limpei a caixa de rascunhos e deixei uma sugestão para a ceia de Natal, só me resta desejar a quem cá passar...
Outra receita que retirei do Sapo Sabores e que finalmente foi experimentada e aprovada.
Ingredientes:
Lombinhos de pescada
sumo de um limão
sal
alho em pó
noz moscada
azeite
leite
pão ralado
Temperar os lombinhos com sal, alho em pó, noz moscada e sumo de limão. Deixar marinar um pouco.
No fundo de um tabuleiro de ir ao forno coloca-se um fio de azeite, para untar o tabuleiro. Escorrer os lombos de pescada da marinada, colocá-los no tabuleiro e cobri-los com leite. Polvilhar com pão ralado por cima e levar ao forno entre 15 a 20 minutos.
Lembro-me de ter visto esta receita no Sapo Sabores. Guardei-a e enfim, saiu à cena. Uma agradável surpresa.
Ingredientes:
lombos de pescada congelados (não tinha lombos, usei filetes)
2 cenouras
1 cebola
1 courgette
alho francês
azeite
folha de louro
sumo de limão
lascas de amêndoa
pão ralado
Cortar a cenoura em tiras, a cebola e a courgete em meias-luas, o alho francês em rodelas. Numa firgideira aquecer um pouco de azeite temperado com uma folha de louro e um dente de alho com casca e saltear os legumes. Quando estes já estiverem moles, retirar a folha de louro e o dente de alho, forrar um tabuleiro de ir ao forno com os vegetais, colocar por cima os lombos/filetes de pescada. Regar com mais um pouco de azeite, sumo de limão, polvilhar com pão ralado e amêndoas por cima. Levar ao forno até os lombos/filetes estarem cozidos, mais ou menos 20 minutos.
Uma agradável refeição com legumes, onde a amêndoa lhe dá um toque especial e crocante. Muito bom!
No Inverno também se comem saladas, embora diferentes das que comemos e nos sabem bem no tempo quente. Uma salada quente é optima para uma refeição ligeira nas noites frias de Outono ou Inverno.
Deixo aqui uma sugestão para uma dessas saladas: grão de bico cozido, ovos cozidos, peixe cozido (ou bacalhau), couve lombarda cortada em juliana cozida. Saltear tudo numa frigideira com azeite, alho, uma colher de chá de pimentão doce, umas gotas de vinagre, quem apreciar, e tá pronta a servir.
Frango. Adoro! Pelo sabor. Por ser uma carne saudável. Pela enorme variedade de o cozinhar, tendo sempe refeições diferentes com a mesma base.
Como tinha andado a fazer frango assado, desta vez decidi-me por um estufadinho com molho de tomate. E num pormenor ou outro alterei e saiu um molho de tomate bem gostosão.
Ingredientes:
1/2 frango cortado em pedaços
azeite
cebola
alho
malagueta
lata de tomate
2 cenouras
pimento vermelho
orégãos
caldo de galinha
Corar os pedaços de frango em azeite. Juntar cebola cortada em meias-luas, alho picado e uma malagueta picada.
No liquidificador misturar a lata de tomate, 2 cenouras pequenas, 1 pimento vermelho. Triturar tudo. Temperar com orégãos. Juntar à carne, envolver e regar com o caldo de galinha previamente preparado. Deixar estufar em lume brando.
No restante caldo de galinha cozi esparguete para o J*, eu acompanhei com ervilhas cozidas.
Gosto, sempre que possível, de publicar receita com devida foto pouco tempo depois de ter feito o prato, isto porque os cheiros e sabores estão frescos na memória e no palato, a espontaneidade a (d)escrever é fantástica e transparece, pelo menos assim julgo, as sensações e sabores que a comida despertou em mim, quer na sua confecção quer na degustação.
Mas nem sempre é possível fazê-lo e os motivos são inúmeros. Ou porque não se passou as fotos para o pc, ou porque ainda não se editou as fotos, ou porque agora não tenho tempo, ou não apetece, ou amanhã trato disto e depois passa... e há assim post's que estão nos rascunhos, com uns primeiros traços, à espera de ver a luz do blog. E passam-se dias ou mesmo semanas e quando os vou buscar, não sinto a mesma espontaneidade, e confesso que já apaguei rascunhos por já não me lembrar muito bem o que tinha feito (todos os ingredientes usados, passos da confecção).
Toda esta introdução para dizer que este é um desses post's que tem estado há algumas semanas a marinar nos rascunhos. Lembro-me do que fiz, porque foi extremamente simples... mas falta a memória ainda presente do seu cheiro e sabor.
Houve um fim-de-semana que decidi no Sábado à noite fazer entremeada grelhada com arroz e salada. E grelhei entremeada a mais para fazer uma feijoada com feijão preto. Assim, no dia seguinte, cozi um pacote de 500gr (Pingo Doce) de feijão preto, previamente demolhado durante a noite, numa panela com água, sal, um dente de alho com casca, uma folha de louro e um chouriço de carne. Quando cozeu, e tive o cuidado de não deixar ficar muito cozido porque ainda ia novamente cozinhar, escorri o feijão, reservei a água, retirei o dente de alho e a folha de louro e cortei o chouriço em rodelas. Num tacho refoguei uma cebola, um dente de alho e uma malagueta, tudo picado, em azeite. Juntei as rodelas do chouriço quando a cebola ficou murchinha. Envolvi e juntei a entremeada cortada em pedacinhos. Reguei com um pouco da água de cozer o feijão e deixei tomar gosto. Juntei o feijão e fui juntando água da cozedura a gosto. Rectifiquei temperos, deixei apurar e ficou uma delícia. Uma daquelas refeições bem quentes, bem reconfortantes e que tão bem sabem no tempo frio. Eu comi simples com uma salada de alface a acompanhar (normas da nutricionista, todas as refeições devo comer salada ou legumes), J* juntou arroz... que tão bem combina com feijão, preto de preferência!!
Eu toda contente com o dispara-biscoitos, ah e tal funciona bem, ai que foi barato, ai que lá por ser de plástico é resistente e blá blá blá e no início desta semana fui para fazer biscoitos e foi um azar atrás do outro. Pistola do dispara-biscoitos partiu (as pragas que roguei ao filho da mãe), moldei os biscoitos à mão... queimaram no forno... e como não há duas sem três queimei-me no braço a tirar o tabuleiro.
Definitivamente há dias maus e este foi um deles.
Entretanto já comprei um dispara biscoitos, em inox, mais caro mas com dois, DOIS ANOS DE GARANTIA. Portanto em breve, muito em breve, ele entrará em acção. Me aguardem...
Ontem acompanhei J* por Aveiro a dar umas voltinhas a tratar de uns assuntos. Aproveitei e passei na Tutti Promo à procura de frascos de doce, visto que ainda tinha abóbora para fazer mais, e daqueles moldes de cortar bolachas.
Frascos encontrei, maiores que os que comprei nos chineses e mais baratos. Foi coisinha para rogar umas quantas pragas aos chineses e outras tantas a mim. Adiante. Procurei pelos moldes de bolachas e nada. Não encontro em lado nenhum. Mas reparei numa caixa, exemplar único, do chamado dispara biscoitos. Recentemente vi na blogosfera gastronómica comentários sobre este bichinho, até porque esteve há pouco tempo no Lidl em promoção. Fiquei com ideia do que seria e para que servia, mas confesso não ter dado muita atenção. No entanto, assim que vi a caixa lembrei-me do que era e lá pensei para com os meus botões "à falta das tradicionais formas de cortar biscoitos, isto deve ser o mesmo mas assim mais moderno". Custava 10,90€ e resolvi trazê-lo (a propósito, é este, tal e qual).
Chegada a casa, trato de lavar os frascos e o dispara biscoitos. Com a curiosidade aguçada, fiz-me aos biscoitos e tratei logo de escolher uma receita de biscoitos de canela para experimentar o dito. Pois que a coisa correu mal, não estava a perceber porque raio não conseguia fazer os biscoitos com aquilo se estava a seguir as instruções ipsis verbis.
Já aborrecida, e porque tinha o forno ligado e a massa pronta, moldei pequenas bolinhas de massa e achatei com um dos discos pra dar alguma forma aos biscoitos. Assunto arrumado. Mas teimosa que só eu, fui ao google e pus-me a pesquisar a sério sobre o dispara biscoitos a ver se percebia como é que funcionava.
Primeiro deparei-me com a opinião geral que o dispara biscoitos deve ter os discos em inox pois os de plástico não prestam. Comecei a revirar os olhos e a arrepender-me amargamente por ter gasto 10,90€ em vão. Avançando nas pesquisas, descobri alguns sítios onde se pode comprar o dispara biscoitos, vi vários preços, mas todos eles acima do que dei pelo meu.
Segundo: percebi que tinha falhado na técnica de fazer biscoitos com aquilo, mas senti-me aliviada porque pelos vistos aconteceu a uma boa parte de quem já experimentou. Truques para funcionar bem: colocar o dispara biscoitos totalmente na vertical, com a base apoiada num tapete de silicone para a massa agarrar (sem colar) e poder disparar-se a forma do biscoito. Lá voltei a pensar com os meus botões que estava bem tramada se agora ainda tinha de ir desencantar não sei onde nem por que valor um tapete de silicone.
Hoje voltei à carga. Escolhi outra receita, bolachas de manteiga e tangerina, e lembrei-me que se disparasse os biscoitos na banca de granito talvez funcionasse. E assim fiz e resultou e fiquei toda contente. Claro que depois tenho de ir com uma espátula levantar os biscoitos e mudá-los para um tabuleiro forrado com papel vegetal, mas faz-se bem e não é preciso um tapete de silicone.
Para já, e vencidas as dificuldades iniciais do uso do dispara biscoitos, estou muito satisfeita com o meu de plástico, e espero contrariar as previsões pouco auspiciosas sobre o dito.
Na curiosidade, consultei o site da marca e vi que vendem online, o bichinho está em promoção e mesmo assim mais caro do que comprei. Portanto, chego à conclusão que fiz uma boa compra, um verdadeiro achado!
E agora as receitas, pois claro.
Porque raio, Raiozinho, foste tu fazer duas receitas de biscoitos? Não foi só para experimentar o brinquedo novo. No próximo Sábado temos o aniversário da avó do J*, que chega à bonita idade de 80 anos com uma genica fantástica. Quer juntar os netos todos num lanche e decidi levar umas bolachinhas e uns frascos de doce para oferta. Daí as duas receitas que saíram agora.
Comecei por bater a manteiga com o açúcar até ficar creme. Juntei o ovo e bati. Fui adicionando aos poucos a farinha, à qual já tinha juntado a canela e o bicarbonato. Nesta fase já amassei à mão e acrescentei mais um pouco de farinha até ter a consistência desejada e a massa não ficar colada aos dedos. Depois, como não estava a dar com o funcionamento do dispara biscoitos, moldei pequenas bolinhas e achatei-as com um dos discos para dar efeito. Levei ao forno pré aquecido a 180º durante cerca de 20 minutos.
Huuuuuummmmmm magníficas!! E o perfume a canela que inundou a casa?! Fantástico!
BOLACHAS DE MANTEIGA E TANGERINA (inspiração aqui)
Ingredientes que usei:
400 gr de farinha
300 gr de creme vegetal (marca do Lidl)
100 gr de frutose
raspa de 3 tangerinas
sumo de 3 tangerinas (eram pequenas)
1 colher de café de bicarbonato de sódio
Bati o creme vegetal com a frutose até fazer creme. Juntei a raspa e o sumo das tangerinas e bati novamente. Juntei a farinha com o bicarbonato já misturado. A partir daqui amassei com a mão e tive de acrescentar mais um pouco de farinha até obter a consistência desejada. Formei uma bola e levei ao frigorífico cerca de meia hora. Depois foi brincar e experimentar vários discos do dispara biscoitos. Foram a cozer ao forno previamente aquecido a 180º cerca de 20 minutos.
E das receitas de biscoitos e bolachas que já fiz, não foram muitas, esta foi a minha preferida. Absolutamente divinais. Tenho de as esconder sob pena de não sobreviverem até Sábado.
No fim-de-semana passado fui tomada de assalto por uma gripe. Chegou assim sem aviso, entrou sem pedir licença e instalou-se em grande.
Gripe pede uma sopa quentinha e reconfortante... e como ando numa de abóbora, decidi fazer um creme de abóbora. Apesar da gripe e do mau estar que causa, fiz um creme nhami nhami, bem bom!
Numa panela coloquei azeite, uma cebola cortada em pedaços e um dente de alho. Aqueci o azeite e deixei a cebola ficar translúcida. Juntei um nabo, uma courgette e cerca de 500 gr de abóbora, tudo cortadinho em cubos. Envolvi no azeite, juntei água já quente, temperei com um pouco de sal e deixei cozer. Quando os legumes estavam cozidos, triturei tudo com a varinha mágica, juntei alguma água até obter a consistência desejada no creme e levei novamente a lume até levantar fervura. Entretanto torrei um punhado de amêndoa lascada, que servi à parte para colocar no prato.