Há cerca de um ano atrás ouvi falar do espiralizador de legumes, e fiquei logo tentada em encontrar um para me render aos legumes em forma de esparguete. Das pesquisas que fiz, encontrei uns com ar muito profissional, assim com vários discos, suporte, manivela, uma coisa à maneira. Caros. Depois, com preço bem mais em conta, encontrei um utensílio que servia para o efeito. Lá fui ao Ebay e por ceca de 4€ encomendei um igual a este:
Entretanto, confesso, entre a encomenda, o utensílio chegar (cerca de um mês), o entusiasmo de espiralizar legumes como se não houvesse amanhã esmoreceu e o utensílio foi guardado na gaveta.
Até que me lembrei dele e vá de espiralizar courgette e cenouras para um esparguete vegetal.
Pois que aquilo até faz fios dos legumes, faz, mas não tem jeito nenhum, nada prático, chega a um ponto que ficamos com um parte da courgette e da cenoura nas mãos, não dá para girar mais, sem falar nas tangentes que os meus dedos passaram nos dentinhos e por um triz não eram também espiralizados.
As pontas da courgette e das cenouras que me sobraram foram congeladas para uma futura sopa, lá salteei o resultado conseguido e sim, ficou muito bom, mas se eu quiser espiralizar batata doce, abóbora e outros legumes, o utensílio que comprei está fora de questão. E mesmo as courgettes e as cenouras é com algum esforço e risco dos dedos.
Assim, lá me fui outra vez ao Ebay procurar o outro espiralizador. E eis que por 20€ está encomendada esta beldade.
Confesso que são uma descoberta relativamente recente. Não falo das ervilhas e das favas, que essas já uso há imenso tempo. Mas bróculos, macedónia de legumes, feijão verde, espinafres (destes não gostei muito da versão congelada), couves de bruxelas, só para referir os que mais tenho usado.
Os legumes congelados mantêm as suas propriedades, são saudáveis e práticos de usar. Fazem parte do stock de S.O.S no meu congelador. A título de exemplo, a macedónia de legumes do Pingo Doce tem uma agradável mistura de legumes e tem-me desenrascado em dias de maior aperto na hora de cozinhar o jantar. Rapidamente tenho pronta uma salada de atum com ovo, ou acompanhamento para peixe cozido ou grelhado, ou como ainda ontem, a acompanhar uns douradinhos* de salmão. E ainda sobrou para as marmitas.
Hoje não vos trago uma receita, mas uma sugestão para quem, em alguns fins de dia mais cansativos, vive o drama do: que raio faço eu para o jantar?
*Os douradinhos podem não ser o topo da alimentação saudável, mas foram feitos no forno, e sinceramente, deve sair mais saudável que ir ao McDrive.
Chama-se espiralizador de legumes e eu ando a ver se me decido a mandar vir do Ebay.
A dúvida está em que o mesmo modelo (o da imagem) aparece com preços tão díspares (a partir dos 0,95€ até aos 12€ ou mais) e eu fico na dúvida sobre o que escolher. Há que ter atenção que os mais baratos normalmente não incluem portes de envio, há outros que já tem portes incluídos ou são free shipping, a opção que pretendo. Portanto fica ali nos preços médios, entre 5€ a 6€.
Já me estou a ver a espiralizar cenoura, courgette, nabo, abóbora, hum... que belas saladas para a época quente.
Há aquele dia em que apetece mudar, algo incomoda. O título é muito grande, os outros blogs não têm nomes assim tão grandes.
Trocam-se ideias, surgem algumas sugestões que nos fazem pensar que sim, bora lá mudar isto:
Bimbyammi (e os tachos)
Chefs, mas pouco!
Sem Estrelas Michelin
Por cá cozinha-se
Por cá cozinha a Raiozinho (versão mais abreviada do atual)
Mas depois há algo que mexe na pele, na identidade, como a chatice que seria resolver mudar o nome e ter de trocar todos os documentos, todos os registos, como se no fundo apagássemos um passado, para renascer. Algo incomoda, nada serve.
- Eu gosto do nome do nosso blog. - remata a Ângela.
Em Abril de 2010 nascia este blog. Quase 4 anos, inacreditável!
Nunca quis (quisémos) que este blog fosse famoso, desse livro ou programas de televisão. Somos cozinheiras amadoras, com gosto para os tachos. Ter um blog é um desafio para irmos experimentando novas receitas, para recriarmos e reinventarmos, para partilharmos experiências. As fotos são tiradas com a loiça que temos, nas nossas humildes mesas, sem cenários ou filtros. Às vezes penso que podiam ser mais bonitas, mais atrativas, mais artísticas, mas eu não sou fotografa profissional, não tenho uma máquina toda xpto só para fotografar tabuleiros ou pratos a fumegar (se soubessem as fotos que tiro cheias de vapor da comida ainda quente), tão pouco sou chef e sei empratar com requinte.
Entretanto criou-se a página de facebook. Vai tendo uns gostos novos, vai recebendo alguns elogios, mas confesso que não faço (fazemos) da página de facebook um campo de marketing, angariando fãs e apelando aos gostos. Caramba, somos tão low profile...
Recentemente as cozinheiras deste humilde espaço modernizaram-se: eu comprei uma Yämmi, a Ângela uma Bimby. Agora andamos entre tachos e os robots, vamos explorando aos poucos as potencialidades dos novos ajudantes de peso. Estamos a evoluir um pouco, a mudar, a modernizar, e isso acaba por transparecer no blog.
Acontece que estamos com a ideia de mudar o nome ao blog. Algo mais pequeno, um nome mais curto, mas que continue a captar a essência do que somos, desta nossa nova fase.
Portanto, não estranhem se um novo nome surgir aqui e na página do facebook. Antes mudar de nome do que fechar esta cozinha e ir abrir outra ali ao lado, o que confesso, passou-me pela cabeça.
Agora com licença que vamos ali decidir que novo nome dar à tasca!
A hora de almoço é sempre a correr. Tenho a sorte de trabalhar perto de casa, e por isso aproveito o privilégio de poder almoçar em casa. Na maioria das vezes a comida fica pronta para ser chegar, fazer o prato, aquecer e comer. Outras vezes nasce assim no improviso de minutos uma deliciosa refeição ligeira para completar uma sopa.
Desta vez tinha restos para aproveitar. Um resto de pão d'avó que endurecia na caixa do pão, um resto de molho à espanhola (que eu adoro) que sobrar de um peixe grelhado, e para completar, vai-se ao armário SOS das conservas.
E assim nasceu esta espécie de brushetta.
Ingredientes para o molho à espanhola:
1 cebola picada
4 dentes de alho picados
1 colher de chá de pimentão doce
pimenta a gosto
uma pitada de sal
6 colheres de sopa de azeite (eu ponho a olho)
3 colheres de sopa de vinagre (também ponho a olho e vou provando até achar que está no ponto)
umas gotas de vinagre balsâmico (improviso meu)
1 raminho de salsa (picada)
Basta misturar tudo.
Adoro este molho para acompanhar peixes grelhados.
Ingredientes para as brushettas (ou tostas):
pão d'avó (ou outro) - se houver daquele com um ou dois dias, ótimo
molho à espanhola
algumas rodelas de pepino
1 lata de filetes de cavala
Torrar o pão. Colocar num prato e regar generosamente com o molho à espanhola. Espalhar por cima do pão rodelas de pepino e terminar com os filetes de cavala, previamente escorridos.
Ou como aproveitar uma costeleta grelhada que sobrou do jantar do dia anterior para um almoço para dois.
Ingredientes:
1 costeleta grelhada que sobrou do jantar cortada em cubinhos
noodles
2 a 3 ovos
2 dentes de alho picados
azeite
sal
pimenta
espinafres frescos
Ferver água. Temperar com sal e um fio de azeite, colocar os noodles durante 4 minutos na água quente. Escorrer, reservar.
Aquecer no wik um fio de azeite com os dentes de alho picados. Juntar os ovos batidos e a carne, mexer até os ovos estarem cozinhados. Juntar os noodles e os espinafres, envolver. Retificar temperos.
Assim se aproveita sobras e se faz em menos de nada um almoço!
Esta história de agora me fazer acompanhar da marmita para o trabalho não implicou uma mudança do tipo de pratos que faço, uma vez que, antes de levar a marmita comigo, vinha a casa e a comida tinha de ser "a jeito" de fazer o prato, levar ao microondas e comer. Como no trabalho há um espaço snack devidamente equipado com microondas, não senti necessidade de alterar o tipo de pratos a fazer para adaptar à marmita.
No entanto, surgiu-me um pequeno problema. Adoro salada. Alface, tomate, pepino, couve roxa, cebola, cenoura... com mais ou menos combinações, adoro salada e quando a refeição não tem legumes, a salada é presença obrigatória, mais ainda no tempo quente. O problema é como temperar a salada quando ela fica um par de horas na marmita. Levar já temperada de casa, nem pensar. Então como levar os temperos para temperar na hora?
Confesso que com a moda da marmita pensei que já houvesse uma espécie de galheteiros fechados, próprios para levar o tempero das saladas à parte na marmita. Mas não encontrei nada... Procurei algo que pudesse fazer a vez desse galheteiro xpto próprio para levar o tempero das saladas à parte na marmita... mas não encontrei nada.
Andava às voltas com isso quando bato com os olhos no meu carrinho-bar da sala. E o que vejo?!
Meia dúzia destas garrafinhas miniatura com uns licores exóticos que J* trouxe de casa da mãezinha aquando da mudança.
Fez-se luz. Esvaziando uma garrafinha, lavar bem lavadinha et voilá, garrafinha fechada para levar temperos para salada à parte na marmita.
Vou ter com ele e pergunto se posso emborcar (não ia pôr fora o licor, né) uma daquelas garrafinhas que mais não servem para ganhar pó decorar e aproveitar a garrafinha para... já se sabe para quê.
Primeiro diz-me logo que sim, até posso despejá-las todas, mas beber não. A mãezinha, aquela jóia do outro mundo, aquando da mudança viu as garrafinhas da colecção do filho cheias de pó e enfiou-as na máquina de lavar louça. Portantos, a modos que o seu conteúdo provavelmente não estará nas melhores condições de consumo... ou pelo menos não vale a pena arriscar por 45ml de licor exótico.
Resumindo, perdem-se uns shots, ganham-se umas garrafinhas todas bonitas. E agora é só misturar sal, vinagre e azeite, agitar a garrafinha e temperar a salada.
Uma saqueta sabores no forno da Knorr (já há marcas brancas mas ainda não experimentei). Aqui o seleccionado foi o frango à provençal.
Repita devagarinho e de forma perceptível: às 19h horas colocas o frango dentro do saco, segues as instruções que estão no verso do pacote e levas ao forno.
Claro que uma pessoa diz às 19h mas a coisa só acaba no forno meia hora depois... mas foi. E assou. E ficou bom!
Por breves momentos vislumbrei o Chef Avilez a beber uma coca-cola na minha cozinha e a dizer "Não custa nada!".